Homenagens

Deonísio da Silva

Deonísio da Silva (Siderópolis, 1948) é um escritor e professor universitário brasileiro.
Mora no Rio de Janeiro e trabalha na Universidade Estácio de Sá, onde é Vice-reitor de Extensão. Sempre conciliou sua vida de escritor com a docência universitária e com uma ativa colaboração na imprensa. É doutor em Letras pela USP, com uma tese sobre os livros proibidos no Brasil no período pós-64 e membro da Academia Brasileira de Filologia, onde sucede a Leodegário Amarante de Azevedo Filho na cadeira número 33.

Romances

Publicou 34 livros, entre romances, contos, crônicas, ensaios e infanto-juvenis  Romances: A mulher silenciosa (1981); A cidade dos padres (1986); Orelhas de aluguel (1988); Avante, soldados: para trás (1992), prêmio internacional Casa de las Américas, em júri presidido por José Saramago e publicado também em Cuba , em Portugal e na Itália, apresentado pelo Prêmio Nobel José Saramago; Teresa (1997), premiado pela Biblioteca Nacional; Os guerreiros do campo (2000); "Goethe e Barrabás" (2008); e "Lotte & Zweig" (2012, cujo tema é o suposto duplo suicídio: de Stefan Zweig e de sua mulher Charlotte Elisabeth, em 1942, em Petrópolis, logo após o Carnaval daquele ano.

Contos

Seu livro de contos de estreia foi 'Estudo sobre a carne humana" (1975), seguido de "Exposição de Motivos" (1976, Prêmio Brasília de Literatura/MEC, melhor livro publicado no Brasil naquele ano, levado à televisão por Antunes Filho); "Cenas Indecorosas" (1976); "A mesa dos Inocentes" (1978); "Livrai-me das Tentações" (1984), "Tratado do Homens Perdidos" (1987), "O assassinato do presidente" (1994), "Ao entardecer ele abraçava as árvores" (1995), "A primeira coisa que eu botei na boca" (2002), depois publicados todos no volume "Contos Reunidos", lançado pela Leya, que lançou também "A placenta e o caixão", seleção de suas melhores crônicas.

Outros

Publicou ainda quatro livros de literatura infanto-juvenil  "Adão e Eva Felizes no Paraíso", "Os segredos do baú", "As melhores invenções de seu Mané", "A melhor amiga do lobo", depois reunidos em "Os Segredos do Baú". Entre os livros de ensaios literários, estão "A ferramenta do escritor", "Um novo modo de narrar", "O caso Rubem Fonseca", "Nos bastidores de censura", "De onde vêm as palavras", "A vida íntima das frases".
Escreve uma coluna semanal de etimologia na revista Caras; outra, de crítica de mídia, no Observatório da Imprensa, colunista na radio Band News FM e possui uma crônica semanal, que mantém aos domingos no jornal "Primeira Página" (São Carlos, SP), há trinta anos, ininterruptamente  Por mais de vinte anos Deonísio da Silva foi professor de língua portuguesa e de suas literaturas (africanas, brasileira e portuguesa) na Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista, onde liderou a fundação do Curso de Letras e da Editora Universitária, que dirigiu por oito anos, deixando-a com quatro prêmios nacionais e um catálogo de cerca de quatrocentos autores, uma vez que vários livros eram de autoria coletiva. Por sua iniciativa, foi criada a disciplina de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, em 1981, com a publicação de coletânea de poesias e narrativas curtas do continente africano. No Doutorado em Educação, criou e ministrou a disciplina Literatura Brasileira: o discurso pedagógico dos jesuítas.
Desde 2003, é professor titular da Universidade Estácio de Sá, onde fundou o Instituto da Palavra e, depois de exercer diversas pró-reitorias, é Vice-reitor de Extensão.











Ronald Golias

Nascido em família humilde, era filho de Conceição D'Aparecida Golias e Arlindo Golias. O pai, fã do artista Ronald Colman, resolveu chamar o filho de Ronald. Sua estréia nos palcos foi aos 8 anos de idade, como artista amador, na Escola Dante Alighieri em São Carlos.
Mudou-se para São Paulo em 1940. Trabalhando como alfaiate e funileiro, começou a praticar natação no Clube Regatas Tietê, onde posteriormente entraria para o grupo Acqua Loucos, um dos precursores em espetáculos aquáticos no Brasil. Por sugestão de Golias, as apresentações passaram a ter uma parte com diálogos; suas performances com a trupe acabaram por levá-lo a participar do programa Calouros em Cena, da Rádio cultura
Nos anos 50, com o fim dos programas produzidos pela emissora, Golias passou a integrar a equipe de artistas da Rádio Nacional. Foi então que conheceu Manoel da Nóbrega, que em 1957 o convidou a participar do humorístico A Praça da Alegria, que estreara naquele mesmo ano pela TV Paulista

Cinema e consagração na TV

Golias despontou para a fama a partir de seu trabalho na Praça. Interpretando o inquieto Pacífico (do bordão "Ô Cride, fala pra mãe..."), ele acabou tornando-se uma das estrelas da ainda incipiente televisão brasileira.
Com o sucesso na TV, ele foi convencido por Hebert Richers a entrar para o cinema. A iniciativa a princípio foi complicada; com agenda ocupada na televisão, o humorista enfrentou dificuldades em conciliar as gravações. Seu primeiro filme foi a comédia Um Marido Barra Limpa (1957), de Luís Sérgio Person. Participou também de Os Três Cangaceiros (1961), de Victor Lima, quando contracenou com Ankito e Grande Otelo. Entre seus últimos trabalhos cinematográficos estão O Dono da Bola (1961) e Golias contra o Homem das Bolinhas (1969).
Não alcançando grande impacto no cinema, a atenção de Golias voltou-se novamente para a televisão. Trouxe consigo das telas o personagem Carlos Bronco Dinossauro, que acabaria tornando-se um dos destaques da Família Trapo, programa exibido pela TV Record entre 1967 e 1971. Contracenando com Jô Soares, Ricardo Corte-Real, Cidinha Campos, Renata Fronzi e Otelo Zeloni, Golias consagrou-se definitivamente como um dos mais célebres humoristas do Brasil

Trabalhos posteriores

"Pacífico", um dos mais marcantes personagens de Golias
Em 1979, Golias protagonizou na Globo o seriado Superbronco. Criado por Boni, o programa foi considerado um fracasso, durando apenas 29 episódios. Nos anos 80 foi para a Bandeirantes, onde estrelou o humorístico Bronco.
Em junho de 1990, passou a integrar o elenco fixo da Praça é Nossa, no SBT, onde permaneceu até 2005 interpretando personagens como O Profeta, Bronco, Pacífico e Professor Bartolomeu. Nesse meio tempo, foi protagonista na mesma emissora dos humorísticos Escolinha do Golias (com Nair Bello) e Meu Cunhado (com Moacyr Franco).

Doença e morte

Na época da estréia de Meu Cunhado, em abril de 2004, Golias sofreu uma cirurgia para a implantação de um marcapasso. No mês seguinte voltou a ser internado em razão de um coágulo no cérebro. Seu estado de saúde a partir de então passou a se agravar.
Em 8 de setembro de 2005, Golias foi internado no Hospital São Luiz, em São Paulo. Com quadro de infecção pulmonar, ele viria a morrer no final do mesmo mês em decorrência de uma infecção generalizada. Foi sepultado no Cemitério do Morumbi.

Homenagens

Em 16 de setembro de 2007 a prefeitura de São Carlos inaugurou a praça Ronald Golias em homenagem ao humorista no bairro de cidade Aracy, e também está criando o Museu Ronald Golias na rua Geminiano Costa, 401 (na casa onde Golias residiu).
A cidade paulista de Serra Negra o homenageia com uma estátua em bronze,em tamanho real, onde está sentado em um banco da praça em frente à prefeitura da mesma cidade, com um olhar contagiante.
A partir de 2007, o SBT passou a retransmitir a Escolinha do Golias com muito sucesso. Apoiado nesse sucesso do programa, a TV Bandeirantes também decidiu repassar o programa Bronco no mesmo ano.

Filmografia
  • 1969 - Golias Contra o Homem das Bolinhas (de Victor Lima)
  • 1968 - Agnaldo, Perigo à Vista (participação) (de Reynaldo Paes de Barros)
  • 1967 - Marido Barra-Limpa
  • 1963 - O Homem Que Roubou a Copa do Mundo (de Victor Lima)
  • 1962 - Os Cosmonautas (de Victor Lima)
  • 1961 - O Dono da Bola (de J.B. Tanko)
  • 1961 - Os Três Cangaceiros (de Victor Lima)
  • 1960 - Tudo Legal (de Victor Lima)
  • 1958 - Vou Te Contá (de Alfredo Palácios)
  • 1957 - Um Marido Barra-Limpa (de Renato Grechi)